Dia 7 - O que é o amor?


Neste feriado algo me incomodava...mas eu não sabia o que era...
Muito tempo gastei tentando encontrar uma resposta para minha angústia, e de fato, não encontrei. Então, cansada de pensar e de não sair do lugar resolvi ler e eis que me surpreendi como uma reportagem de uma revista antiga, de Janeiro 2005, chamada VIDA SIMPLES.
A matéria de capa questionava: O QUE É O AMOR?
Fiquei tão curiosa que comecei a ler a revista e então...
A revista fazia menção ao filósofo francês Roland Barthers, que dizia que a primeira fase da paixão caracterizava assim: "Deslumbramento, entusiasmo, exaltação, projeção louca de um futuro pleno: sou devorado pelo desejo, a impulsão de ser feliz. Fico cego."
Resumindo, grosseiramente, isso não seria amor.
Na verdade informaram que o que definimos, muitas vezes, como amor, é na verdade Eros.
Definiram Eros como: "...o impulso para a vida. É aquele que nos leva a fazer o que nos dá prazer uma, duas, três, quantas vezes for bom."
Posso resumir a definição da parte da Paixão com mais um trecho do texto que diz:
"No estado erótico, ou paixão, é você quem interessa. Não importa tudo o que de belo e bom você possa fazer para quem está apaixonado. No fundo, você só está fazendo isso porque quer seu prazer - a qualquer custo. E porque não deseja se arriscar a perdê-lo. Seduzimos para garantir nosso prazer, diz Erich Fromm em A Arte de Amar. É uma troca: o objeto da minha atenção deve ser desejável, sob o aspecto do seu valor social, e, ao mesmo tempo, desejar-me, levando em consideração minhas potencialidades e recursos expostos e ocultos. Assim, segundo ele, duas pessoas se apaixonam quando sentem haver descoberto o melhor objeto disponível no mercado, considerando a limitação dos seus próprios valores cambiais."
E o amor. O que seria?
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a afirmação:
"E amar é..."considerar o outro em primeiro lugar".
Vou me limitar a expor os trechos da reportagem, para que pensem individualmente, não vou expor idéias e nem teorias, pois em matéria de amor, sou uma mera aprendiz. Então, segue:
" Na paixão, a atitude é passiva - queremos ser amados para garantir nosso prazer. O ego, portanto, vem em primeiro lugar. A maioria das pessoas vê a questão do amor, antes de tudo, como o desejo de ser amado, em vez de amar, diz Erich Fromm. O amor, por outro lado, exige uma atitude ativa que, conscientemente, coloca o outro em primeiro plano."
"Quer dizer, para amar é preciso, antes de tudo, pedir licença e tirar a si mesmo da frente."
"Amar é um verbo, e verbos implicam uma ação concreta. A ação correspondente ao verbo amar é dar-se, sem pedir, cobrar ou esperar. A recompensa do amor é o próprio amor que se sente, que inunda o coração, não o amor que se recebe do outro. É um transbordamento da alma. E provar o amor dessa maneira traz uma felicidade avassaladora."
Ai, ai...
É difícil né?! Mas a boa notícia disso tudo é que o amor, de acordo com a reportagem, se aprende, e portanto nunca é tarde.
"Amar se aprende...como se aprende a cozinhar, cantar e a tocar bongô. E, como tudo o que se aprende bem, é preciso conhecer o assunto na teoria e também na prática. Começando pelas coisas mais fáceis de amar, aprimorando nosso ser nessa busca e nos aperfeiçoando pelo resto da vida. Não vem de graça."
Para finalizar o texto conta uma estória que vou resumir e que prova que o amor se aprende, mas atenção TEM QUE ESTAR DISPOSTO A ISSO.
A estória fala de uma nora que era maltratada pela sogra, a sogra lhe infernizava a vida, lhe pedia para fazer todas as tarefas, para fazer comida, pegar isso, pegar aquilo, etc. Um belo dia a nora vai a um herborista e pediu um veneno para matar sua sogra, pois não aguentava mais sua vida. O sábio herborista lhe deu o veneno mas informou que o mesmo teria efeito lento e certeiro, mas que no período da utilização até a morte da sua sogra a nora deveria ser amorosa, dedicada e não devia reclamar mais com seu marido, assim ninguém desconfiaria que ela a estava envenenando.
A nora então passou a fazer todas as tarefas da casa, a cuidar da sogra, até se antecipava aos pedidos e também não reclamava mais com o marido. A sogra, por sua vez, começou a notar a dedicação da nora e a tratá-la com mais atenção, chamando-a para sentar-se a seu lado, lhe contava estórias, lhe presenteava com fazendas bonitas e jóias para que ficasse bonita para seu marido, com o tempo, pareciam até mãe e filha.
Arrependida, a nora foi ao herborista pedir um antídoto para o veneno, pois já não desejava mais a morte de sua sogra, foi quando o sábio herborista lhe pediu o veneno de volta em troca do antídoto, despejou o conteúdo em uma xícara de chá e bebeu.
A nora então, entendeu, que não havia veneno, mas que o antídoto sempre estava com ela.
Atitude...Amor...muitos beijos!!! Uma ótima semana!!!