Dia 114 - Um Fado

Um fado

Chorado

Sonhado

Por uma bela voz entoado

Um fado

De tramas, de cores, no peito marcado

De danças, sabores, nunca antes experimentado

Um fado

De amor e de dores

Com história

Conquistas e glórias

Mas também de gestos modestos

Um fado

Que cante meu canto

Que cale meu pranto

Que faça gritar

Que tire de mim

O que teimo em calar

Neste peito, a dor

De um fado de amor

Que ainda não se concretizou

Meu fado

Canto mudo

De um coração alado

Comentários

António Inglês disse…
Um fado é sempre um fado.
Bela foto minha amiga, outro belo fado.
Desejo-lhe um bom inicio de fim de semana
José Gonçalves
elvira disse…
Li o seu poema em voz alta, como se estivesse a declamá-lo perante uma plateia. E Geo está fantástico.
Me surpreendi com a sua força e intensidade. Meu amigo Nil tinha razão. Nada com ler assim, para nos percebermos toda a intensidade dramática deste poema. Adorei. Experimente Geo.
Um abraço e um bom fim de semana