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Mostrando postagens de 2010

Dia 210 - A tal da Dona SIMPLICIDADE

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“Lua lá no céu,   Queijo pão de mel   Na ponta do pincel,   Mostra no papel aonde encontrar   A tal da dona...” (SIMPLICIDADE) A palavra correta da música é FELICIDADE, e o nome da música é “Dona Felicidade”, mas numa licença nada poética tomei a liberdade de trocar as palavras e acredito sinceramente que ambas estão ligadas diretamente, ou até podemos dizer em termos matemáticos que são inversamente proporcionais. O simples se tornou fashion, sonho de consumo, e muitos se perguntam: Onde posso comprar isso?   A aquisição é a palavra da vez até para o que não se compra. Quando criança cantava essa música sem me dar conta da sua profundidade e confesso, que hoje, ao pensar nela me deparei com a grande surpresa de pensar em algo que a há muito não pensava, na tal da Dona Simplicidade. Foi simples... Como todos os dias acordei cansada e com sono e resolvi retomar minhas leituras de ônibus, até para mudar o foco dos meus pensamentos que a cada dia estão mais e mais cozinhando me

Dia 209 - Palavras e Ações

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Iniciaram as campanhas políticas e, mais do que rever o comportamento dos candidatos, temos que rever primeiro o nosso comportamento. Mais do que Palavras, Ações. O texto que irei transcrever aqui recebi de um amigo, coincidência ou não foi, exatamente, a um ano atrás. Espero que gostem... PALAVRAS E AÇÕES O filósofo americano Ralph Waldo Emerson tem uma frase interessante quando trata a respeito das relações humanas. Diz o seguinte: Quem você é fala tão alto, que não consigo ouvir o que você está dizendo. Quantas vezes já pensamos a respeito disso? Quantas vezes já avaliamos o quanto nossas ações pesam no nosso cotidiano? Muitas vezes, gostaríamos de ter um mundo mais justo, respeitoso. Discursamos de maneira eloquente, usando raciocínio lógico e perspicaz. Doutras vezes exigimos do político, do chefe, do parente ações mais justas, posicionamento mais claro, atitude mais honesta. Indignamo-nos perante as injustiças sociais, escrevemos para os jornais, mandamos correios

Dia 208 - Uma prece (por Paulo Coelho)

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Senhor protegei as nossas dúvidas, porquea Dúvida é uma maneira de rezar. É ela que nos fazem crescer, porque nos obriga a olhar sem medo para as muitas respostas de uma mesma pergunta. E para que isto seja possível. Senhor protegei as nossas decisões, porque a Decisão é uma maneira de rezar. Dai-nos coragem para, depois da dúvida, sermos capazes de escolher entre um caminho e o outro. Que o nosso SIM seja sempre um SIM, e o nosso NÃO seja sempre um NÃO. Que uma vez escolhido o caminho, jamais olhemos para trás, nem deixemos que nossa alma seja roída pelo remorso. E para que isto seja possível. Senhor protegei as nossas ações, porque a Ação é uma maneira de rezar. Fazei com que o pão nosso de cada dia seja fruto do melhor que levamos dentro de nós mesmos. Que possamos, através do trabalho e da Ação, compartilhar um pouco do amor que recebemos. E para que isto seja possível. Senhor proteja  os nossos sonhos, porque o Sonho é uma maneira de rezar. Fazei com que, independente de nossa

Dia 207 - "Olha a dança do Elefantinho!!"

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A raiva é assim... um bichinho ruim, sufocante, que esquenta a cara, que te transforma num elefante. E aí você sai pisando em tudo, esmagando até seus sentimentos mais nobres, com sua tromba enorme esbravejando todas as suas “verdades radiantes”. - EU SOU O ELEFANTE!!!!!!! - SOU GRANDE, FORTE, SOU MAIS DO QUE VOCÊ!!!! - EUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!!! – sai da tromba do elefante furioso. E se elefante tivesse dedo iria fazer assim ohhhhhh... A raiva é assim... um bichinho insignificante. Parece bicho de pé, que te deixa doido de tanto coçar e quanto mais você coça mais o “fdp” entra e te deixa doido, até que você, desesperado porque tem que revidar e não pode deixar ele ganhar, pega uma agulha e vai pra luta, sente a própria dor, vê sangue, xinga a mãe do bicho, abre um buraco no seu pé e sai vivo, mas O DESGRAÇADO DO BICHO NÃO VENCEU!!!! A raiva é assim... faz você ser mais rápido do que a luz, digita 59673516575155 palavras por segundo no MSN ou Skype, até seu

Dia 206 - E agora nós? (Bom fim de semana!!!)

Dia 205 - "Somewhere Over the Rainbow"

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Nesta semana li uma crônica da Danusa Leão na revista Claudia que falava da necessidade de se ter um ‘quintal’. Não, nenhuma ligação com Art & Decor. Era a simples constatação de que há tesouros em nossas vidas que nos esquecemos olhando sempre para o futuro e entorpecidos pelo presente. Ela nos levou numa viagem ao ‘quintal’ do seu passado, para um lugar onde poderíamos correr, pisar na terra, roubar manga da árvore que fica no quintal do vizinho, provar da goiaba que tem bichinho... rs... Uma delícia! Que por coincidência, ou não, me fez lembrar do quintal da minha avó, me fez retornar a infância e lembrar dos meus tesouros. Sou de uma família de classe baixa, passamos todos por dificuldades, e ainda assim fomos felizardos pois tivemos acesso a educação, com bons pais (trabalhadores e honestos), enfim, gente que se esforçou para direcionar os filhos da melhor forma e proporcioná-los melhores chances diante da vida. E conseguiram. Nossas riquezas vão muito além do que conseguimos

Dia 204 - Meu tempo...

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Uma pessoa muito especial na minha vida me enviou o texto que irei transcrever aqui, é de Mário de Andrade. Não posso dizer que as pessoas se sentem assim, Mário de Andrade se sentia e confesso que também me sinto. Sinto que há em mim uma urgência de vida, uma urgência de sentir o essencial, mesmo que para outros seja pouco, para mim é o ideal. Interrompo minhas palavras para que as de Andrade tomem o seu lugar de honra neste Blog, aqui tudo que me é mais precioso toma forma, som, exala perfume ou contradição, aqui registro mais do que palavras, registro minha vida, seja de dores ou de amores, mas a vida que consiga ser vivida dentro da minha adorada ilusão. "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas... As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para

Dia 203 - INDUL... O QUÊ?

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Indulgência. Algo que não praticamos muito hoje em dia. É difícil ser indulgente, tão difícil como tentar falar rapidamente esta palavra (indulgente, indulgente!). Brincadeiras a parte, como perdoar os defeitos dos outros? Na verdade antes do 'Outro' vem o 'Eu', sem conjugação, é assim. Mas usamos o 'Eu' da forma errada, tentando a todo custo dizer aos quatro cantos do mundo que o 'errado' é sempre o 'outro'. Desculpe a franqueza mas errada sou "Eu"!!! Ao tentar enganar a mim mesma. Ao tentar ser vítima da realeza. Ao tentar ser rei sem majestade. Ao tentar ser o certo, sem ser o errado. Ao tentar ocupar o lugar que não me pertence. Ao tentar argumentar sobre fatos. Ao julgar o outro pelo meu sofrimento. Ao transferir a responsabilidade de meus atos a vida, a outrem, ao pai, a mãe, ao namorado, ao amante, ao governo, ao culpado que, certamente, não gostaria que fosse eu. Estou longe de transferir a culpa... Estou falando do meu umbi

Dia 202 - Pra ser amor

Escolhi este vídeo para essa postagem por dois motivos, um pela música que é a pura verdade e outro pelo filme. Aos românticos ou românticas de plantão é uma ótima pedida para o fim de semana, para os mais céticos também vale a sugestão já que o tempo é algo que não nos pertence, seja você romântico ou não, digo sem sermão: - Só temos o agora e essa é a hora. "Antes que termine o dia" é o nome no Brasil deste filme que nos ensina a valorizar cada momento junto de quem amamos e a fazer as escolhas certas e necessárias para sentir-se vivo e pleno... A felicidade não deve ser uma finalidade, neste caso tornar-se-ia inacessível. Para mim, ela está ao longo do percurso que escolhemos caminhar... Então 'Chegar' ou 'Partir' se tornaria apenas um novo começo. Beijos e espero que apreciem!!

Dia 201 - Castelos de Areia

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Um quarto. Uma cama. A porta trancada. Barulho de nada. E eu lá, enroscada em meus pensamentos, tentando apagá-los e finalmente descansar. E um olhar está em meus devaneios, ele pousa em mim e chega a queimar. E uma boca me convida a beber de sua sede. Dói. Me sinto dormente, viro pro lado e me encolho ainda mais. Que tristes são meus ais! Lamento do que nunca será. A culpa por ter esculpido errado o castelo torto que tombou de lado e não mais voltará pro seu lugar. Os sapos estão todos do lado de fora, gritam, me chamam, me pedem beijo, dizem que depois tudo passa... Mas, e agora? Quem eu quero também passou? Deixou-me aqui e do outro lado ficou. O orgulho se foi com a derrota. Soldado cansado é isso que sou. Sem grandes vitórias, muitas lutas, cansada estou... Devaneios, lamentos, torturas... E as coisas boas onde ficaram? Talvez na torre, aquela que agora é só cascalho.

Dia 201 - (Des)Abafo/(Des)Afeto

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O tempo traz e o tempo leva, quanto tempo dura uma promessa? Dura o tempo do seu coração, dura o tempo exato do seu sentimento ou de sua ilusão. Amigos, tem horas que as palavras fogem de mim, eu sou assim, confusa mas, intensa. Eu confesso que errei muitas vezes, recentemente também, errei comigo, errei com outro alguém e errante vou caminhando, um pé aqui e outro desencontro. Confesso ser meu próprio algoz, se não na voz, nos atos ou até nos pensamentos, mas uma coisa eu vou aprendendo a ouvir meus sentimentos. E sinto. E choro. Mas vivo. Peço a Deus um abrigo, uma luz, uma explicação. Agradeço pela comida, pela bebida e por me aguentar com tanta lamentação. Peço a vocês paciência pois sou demasiadamente apaixonada pelo amor para nunca pedir clemência ou voltar atrás. Eu volto... mas também sei dizer: - Até nunca mais! Fui ferida mais uma vez, primeiro por mim e depois por outro alguém. E nada disso importa quando damos com a cara na porta, porque dói, mas bati também e embora o gest

Dia 200 - Minha Páscoa

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Quando pequena minha mãe tinha uma bíblia de capa marrom que eu adorava folhear, não porque soubesse ler, pois ela já a tinha antes que as letras me fossem apresentadas. Eu a adorava por causa das figuras. Eram muitas figuras, bem coloridas, que contavam uma história que eu ainda não compreendia. A história contada em imagens era de um homem muito bondoso que viajou por muitos lugares para falar com muitas pessoas, no entanto, em certo momento as imagens contavam que este mesmo homem foi preso, maltratado e pregado numa cruz. Mamãe me contou quem era ele e eu, apesar de compadecida pela situação, ainda não compreendia a razão de todo aquele sofrimento. Não entendia o motivo de terem feito ele sofrer. Adiante no livro havia uma imagem deste mesmo homem imponente nos céus sobre nuvens vermelhas e anjos ao seu redor com trombetas, as pessoas na terra junto aos seus entes queridos olhavam com certo temor e ansiedade para o homem nos céus como se esperassem que algo ainda maior acontecesse.

Dia 199 - Todo amor que lhe tenho

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Hoje faz um mês e sete dias que meu último relacionamento acabou. Hoje ele está namorando. Passaram as juras de amor, mas esta afirmação estaria desconsiderando a mágoa que ele sentiu ao término da relação, eu também não estou considerando os meus motivos, que foram muitos e talvez para outro triviais. Hoje repassei em minha mente as relações que ao longo dos anos foram ‘construídas’ e ‘desfeitas’. Todas as promessas eternamente insatisfeitas e todo o amor que se achou fora e que dentro se perdeu. Hoje, não só hoje, percebo que não posso julgar aquele que a felicidade procura, sempre adiante. Comigo não é diferente. Talvez eu tenha nele acreditado, mas não há mal em sonhar. Eu só queria que aquele mundo inventado existisse, que pessoas felizes não ficassem tristes e que o ‘eu te espero’ não fosse um... Até o próximo inverno... Talvez eu soubesse todo o tempo que o verão iria passar... As muitas primaveras que tenho trouxeram-me um aprendizado a mais... muitos invernos sozinha, mu

Dia 198 - Dia Internacional das Mulheres!!!!

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Mil imagens uma palavra... MULHER! Parabéns pelo seu dia!

Dia 197 - Lua Adversa (Cecília Meireles)

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Tenho fases, como a lua Fases de andar escondida, fases de vir para a rua... Perdição da minha vida! Perdição da vida minha! Tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha Fases que vão e que vêm, no secreto calendário que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso. E roda a melancolia seu interminável fuso! Não me encontro com ninguém (tenho fases, como a lua...) No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua... E, quando chega esse dia, o outro desapareceu...

Dia 196 - Série Tormentas: MEDO. O tempo que não volta mais.

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Perdemos mais pelo medo do que pelas escolhas. Sim, eu tenho medo. Todos temos medo, mas as vezes temos um medo maior de determinada coisa ou situação, algo que nos trava, que nos tira a alegria, que aumenta nossa ansiedade. Teremos medo a vida toda, até por uma questão de sobrevivência. Não posso sair por aí sem medo de absolutamente nada. Tenho medo do que irei dizer aqui pois tenho medo de vosso julgamento. Tenho medo de que as pessoas que citarei, mesmo que não use nomes, se identifiquem e fiquem chateadas comigo. Desculpe, tenho medo que isso aconteça mas preciso dizer. Não para redimir a minha culpa, consequente de escolhas erradas, mas porque preciso desabafar. Retirar de mim. Dar a cara a vida. Encarar. Entretando alerto, a quem queira assim julgar ou criar desafeto, que você também tem medo, de errar. O medo de errar começou quando eu quis acertar tudo. Queria ser, ao contrário dos exemplos a minha frente, diferente. Sim, porém melhor. Perfeita. Seria eu mais esperta, intel

Dia 195 - Série Tormentas: SOLIDÃO. Uma 'breve' história.

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Uma segunda-feira de sol, achava melhor vestir um jeans, uma blusa estampada de cores fortes e toques de rosa, quem sabe também seu dia não iria florir. Despediu-se dos seus como de costume. Como de costume entrou no elevador do prédio onde trabalhava e deu um 'Bom dia' sem muito sorrir, mas sempre educada. Pequena ela, apesar das primaveras passadas ainda aparentava menos idade do que realmente seu documento registrava. Chegou no consultório onde trabalhava como recepcionista e inicou suas atividades, nada anormal, a não ser por aquele buraco que crescia em si em silêncio mas latente, milhões de coisas em seus pensamentos, problemas, frustrações e desalentos, tudo era turvo, apesar do dia de sol a convidá-la a sair. Confirmou os horários com os pacientes, mas não se concentrou. Pensava que a pessoa que a cumprimentou no elevador não sabia de nada. Não sabia da sua vida, da sua dor e também pouco se incomodava. Era a vida dela não a sua que importava. Pensou que talvez sua filh

Dia 194 - As TORMENTAS

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Pois por muito tempo fiquei calado diante do fato. Minhas tormentas levavam-me ao fundo e no fundo de mim perdia-me constantemente. Havia dias de céu claro e mar cintilante, havia dias de boa navegação e ilhas lindas, mas distantes. Havia dias de calor e dias de frio. Havia dias que me sentia demasiadamente sozinho. Minhas tormentas, maiores companheiras da minha depressão ciumenta, quando ela percebia que eu me aprontava para ir embora ou sair para distrair um pouco, prendia-me num desgosto na primeira palavra mal interpretada ou (MAL)dita... Ela é má, minha Tormenta. Passava muito tempo cutucando minha própria ferida. A pessoa que descrevi acima toma cosciência de sua própria pertubação, dá a ela nome, sobrenome e filiação. Penso que todos, por muitas vezes, ou pelo menos uma, passa por uma tormenta ou algumas. Mas estamos todos no mesmo barco, unidos pela condição e mesmo que negue a origem não poderá negar o que está diante dos olhos e nem o que vai ao coração. Eu sempre digo

Dia 193 - O tempo em seu lugar

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Não adianta eu dizer palavras que você não entenderá. Você vê somente o que quer enxergar. Tantas vezes palavras foram ditas que se banalizaram, hoje são como uma pessoa que deixa seu aroma ao passar, quando a percebemos ela não está mais naquele lugar. A saudade que sentimos é diferente, uma em cada mão, cada uma com seu motivo e sua (falta de) razão. E você me diz que é melhor se deixar levar, as vezes sim, mas sempre, quando não se sabe onde se quer chegar. Já ouvi escrito em muitos lugares que quem não tem porto atravessa muitos mares mas não conhece seu próprio cais. E mesmo eu que tento, a todo momento, ancorar em meus alentos, mesmo eu, ainda não encontrei o porto ‘distante’ e ‘perdido’ de onde zarpei. Quem sabe um dia, por amor ou ironia, nos encontremos novamente. Eu com o amor e você sem as correntes, que te acomodam onde está. No entanto, para dizer a verdade, eu também sinto saudade, mas ela não perdura sem um lugar que a alimente, e eu... não vou mais alimentar. Hoj