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Mostrando postagens de 2017

Dia 367 - Vida sem pão

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Bocas mais importantes que as palavras... As 'Palavras' que não são ouvidas... Ouvidos que não escutam... Mãos que não consolam, não ajudam... Antes, seguram, tiram a chance até de si mesmas... Mãos, que não se salvam, nem a sua própria natureza, sem carinho, que procuram ninho mas órfãs de caridade... Cabeças pensantes, sem lembranças para guardar... Cabeças suspensas, sem sonhos, soltas de seu altar... Cabeças sem Deus, olvidaram de quem fazem parte... Somente 'Cabeças', essas, com horizontes sem finalidade. Mãos, onde estão seus braços? Pedindo um trocado de alma, um pouquinho de calma, mais piedade... Mãos, algumas, causando fatalidades, direita contra esquerda, que não aceitam a igualdade. Onde está sua Cabeça?! Gritos emudecidos, a quem gritarão? A cabeça sem corpo, ao corpo sem alma, ao braço sem mão? Cabeça, onde está seu corpo, sua base? O que te sustenta? O que te faz ser quem é? Onde estão os seus pés? Enraizados, proclamaram i

Dia 366 - Chuva (Mariza)

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As coisas vulgares que há na vida Não deixam saudades Só as lembranças que doem Ou fazem sorrir Há gente que fica na história da história da gente e outras de quem nem o nome lembramos ouvir São emoções que dão vida à saudade que trago Aquelas que tive contigo e acabei por perder Há dias que marcam a alma e a vida da gente e aquele em que tu me deixaste não posso esquecer A chuva molhava-me o rosto Gelado e cansado As ruas que a cidade tinha Já eu percorrera Ai... meu choro de moça perdida gritava à cidade que o fogo do amor sob chuva há instantes morrera A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade E eis que ela bate no vidro Trazendo a saudade