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Mostrando postagens de março, 2018

Dia 375 - A própria vida

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Quem me conhece sabe... E quem não conhece, pode ler O quanto, as vezes, sou expansiva no meu sentir Defendo tudo que acredito com paixão E luto, com o que me for possível, pelo que acredito e quero Mas, me recolho também Tem dias que sinto-me tão cansada Chego a pensar em aderir aos que nada dizem Ir em fila indiana aos que todos fazem E sentar no banco dos que se conformam No entanto, há em meu peito uma chama Que inflama a vontade de Ser e vai  ao encontro do inconformismo nem sempre aparente em mim É injusto Meu Deus! Se calar para a vida, ignorar os sentimentos,  não dizer as palavras ou não ser o que se é O que vale a pena então? Para quê tanta vida, para quê este nome, se não viver? É incoerente Perde-se o sentido, literalmente Não sou, alguém extremamente forte ou corajosa, não sou Já chorei ocultada por paredes, por travesseiros, no banheiro Já chorei ao lado e ninguém percebeu Amordacei dores, amores, desejos e frustrações E ta

Dia 374 - Saudade

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Pensava sobre a saudade e conclui que não há regra Sente-se saudade do que foi vivido, do que é sentido e do que ainda não foi escrito Saudade é condição da ausência  Ausência do que se quer perto, junto, dentro Saudade é sofrimento necessário, assim  Quem não a sente não tem condições de reconhecer O que preenche e o que não satisfaz  Saudade nos faz iguais Mesmo que num outro país não tenha esse nome Sempre será a falta seu gatilho E a sua satisfação a morte da motivação  Sendo assim  Sinto saudade como necessidade  Um pedacinho de mim que insatisfeito Me faz querer sempre voltar o filme Só pra assistir mais um pouquinho E viver, tudo de novo e de novo... E de novo...  Só pra ver aquele moço ficar com a moça no final... Feliz!

Dia 373 - Estória e História

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Há uma 'estória' que gosto muito... "De um alpinista que escala uma montanha muito alta e ao entardecer ele resolve desce-la, porém, um acidente acontece no meio do percurso e devido a escuridão ele se apavora, não sabe o que fazer, não há mais corda para descer, diante de si apenas o negro, o desconhecido, abaixo de si a 'imensidão', talvez a morte. Em seu desespero, pois poderia morrer pelo frio também, ele roga a Deus que o ajude, implora de todo seu coração e então ele ouve uma voz que lhe diz: - "Corte a corda!" Ele não compreende direito... como poderia cortar a corda? - iria morrer! - pensa desesperado. Então, ele novamente ora a Deus e implora por ajuda, não acredita no que ouviu, pensa que é coisa da sua cabeça. No silêncio, na escuridão e no frio, prendeu a respiração por um segundo e, novamente, escutou: - "Corte a corda!" Incrédulo, confuso, não concebia que a ajuda que pedira dependia de sua morte. Ele queria viver