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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Dia 196 - Série Tormentas: MEDO. O tempo que não volta mais.

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Perdemos mais pelo medo do que pelas escolhas. Sim, eu tenho medo. Todos temos medo, mas as vezes temos um medo maior de determinada coisa ou situação, algo que nos trava, que nos tira a alegria, que aumenta nossa ansiedade. Teremos medo a vida toda, até por uma questão de sobrevivência. Não posso sair por aí sem medo de absolutamente nada. Tenho medo do que irei dizer aqui pois tenho medo de vosso julgamento. Tenho medo de que as pessoas que citarei, mesmo que não use nomes, se identifiquem e fiquem chateadas comigo. Desculpe, tenho medo que isso aconteça mas preciso dizer. Não para redimir a minha culpa, consequente de escolhas erradas, mas porque preciso desabafar. Retirar de mim. Dar a cara a vida. Encarar. Entretando alerto, a quem queira assim julgar ou criar desafeto, que você também tem medo, de errar. O medo de errar começou quando eu quis acertar tudo. Queria ser, ao contrário dos exemplos a minha frente, diferente. Sim, porém melhor. Perfeita. Seria eu mais esperta, intel

Dia 195 - Série Tormentas: SOLIDÃO. Uma 'breve' história.

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Uma segunda-feira de sol, achava melhor vestir um jeans, uma blusa estampada de cores fortes e toques de rosa, quem sabe também seu dia não iria florir. Despediu-se dos seus como de costume. Como de costume entrou no elevador do prédio onde trabalhava e deu um 'Bom dia' sem muito sorrir, mas sempre educada. Pequena ela, apesar das primaveras passadas ainda aparentava menos idade do que realmente seu documento registrava. Chegou no consultório onde trabalhava como recepcionista e inicou suas atividades, nada anormal, a não ser por aquele buraco que crescia em si em silêncio mas latente, milhões de coisas em seus pensamentos, problemas, frustrações e desalentos, tudo era turvo, apesar do dia de sol a convidá-la a sair. Confirmou os horários com os pacientes, mas não se concentrou. Pensava que a pessoa que a cumprimentou no elevador não sabia de nada. Não sabia da sua vida, da sua dor e também pouco se incomodava. Era a vida dela não a sua que importava. Pensou que talvez sua filh

Dia 194 - As TORMENTAS

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Pois por muito tempo fiquei calado diante do fato. Minhas tormentas levavam-me ao fundo e no fundo de mim perdia-me constantemente. Havia dias de céu claro e mar cintilante, havia dias de boa navegação e ilhas lindas, mas distantes. Havia dias de calor e dias de frio. Havia dias que me sentia demasiadamente sozinho. Minhas tormentas, maiores companheiras da minha depressão ciumenta, quando ela percebia que eu me aprontava para ir embora ou sair para distrair um pouco, prendia-me num desgosto na primeira palavra mal interpretada ou (MAL)dita... Ela é má, minha Tormenta. Passava muito tempo cutucando minha própria ferida. A pessoa que descrevi acima toma cosciência de sua própria pertubação, dá a ela nome, sobrenome e filiação. Penso que todos, por muitas vezes, ou pelo menos uma, passa por uma tormenta ou algumas. Mas estamos todos no mesmo barco, unidos pela condição e mesmo que negue a origem não poderá negar o que está diante dos olhos e nem o que vai ao coração. Eu sempre digo