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Mostrando postagens de setembro, 2008

Dia 155 - Despertar

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O despertar tem muitas fases, algumas sutis, como aquele raio de sol tímido que entra pela janela numa manhã de outono. Outras vezes, é um despertar súbito, como uma mudança de clima repentina no meio do dia, e há o despertar gradativo, como na primavera, onde os dias gradativamente vão ficando cada vez mais quentes. A analogia com as estações não é por acaso, é que mudamos como as estações e não com as estações. Se reparar, concluirá que o verão de dez anos atrás não é o mesmo que o verão atual, que a natureza mudou devido as influências que sofreu durante todo este tempo, portanto, reage e interage de forma nova a cada ciclo. Assim também somos nós. Precisamos das nossas estações, para nos aprimorarmos, e quando ela não acontece naturalmente, algo externo acontece para nos mudar, porque mudar é necessário. Jamais diria que essa necessidade é fácil, que não dói, que não destrói, que passamos ilesos e afastados de um desconforto, que não temos que escolher, sofrer, mas certamente

Dia 154 - A Carta

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Meu Amor, A tempos quero lhe escrever uma carta de amor. A tempos quero lhe dizer o que sinto, como estou. Quanto amor está dentro do meu peito, quanta dor. Sabe Amor, faz tempo que não te vejo, escreva-me qualquer dia, diga um 'Alô', um 'Bom Dia'... Noutro dia sonhei com nós dois, juntos, como quando nos 'conhecemos', era verão, muito calor, dia de sol, a música era alta e alegre, nunca esteve tão bonito como naquele dia, me perdi quando te vi e me encontrei no beijo que me roubou. Todas as vezes, noites, dias, momentos, minutos que passamos juntos foram marcados por tudo aquilo que representou para mim. Percebe Amor, agora falo no passado, um verbo mal conjugado, mas, cada coisa no seu tempo e este é o tempo certo, do momento errado. Te perdi, e como dói perder, olhar e não ver, falar para quem não está, passar por momentos sem nunca os concretizar, foi muito tempo assim. Sempre quis te chamar de Amor, como quando colocamos a mão sobre o rosto de quem

Dia 153 - O que estou sentindo...

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chama-se... A QUEDA DA FICHA! Sem palavras, sem rodeios, não tão simples assim, mas somente isso...está na hora de abrir os olhos e (me) ver... Não éramos nós, éramos eu e Você, na teoria, pois na prática...era somente eu (que estava enganada, me enganando). Já deu. Estou cansada de cruzar os caminhos que não me pertencem, em minha covardia dexei marcas, não em areia branca, mas em lama, onde estas podem ser vistas e lembradas, onde me atolei achando que nela poderia moldar um castelo para 'meu conto de fadas'. A menina, que já não sou a muito tempo, tem de aprender a se despedir, da dor que me causou, da história linda que não vivi e daqui pra frente deixar as pétalas, lembranças doces no caminho. Aprender a segurar firme em talo verde, onde também moram os espinhos...romper essa imagem imaculada, de deusa poderosa e imortal, deixar cair a roupa dourada, ficar nua e queimar-me sob o sol...e quem sabe um dia, alguém, na mesma estrada, olhe as marcas em meu corpo nu, quem

Dia 153 - Encontro

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Despertar, ver o sol a janela atravessar, Em meu corpo pousar... Seus braços, como raios, a me tocar, Aquecendo-me, Me provocando, Iluminando... Segues comigo todo o tempo, E quando sinto falta dos seus beijos chega a chuva, Me acalmando, Me calando os pensamentos... Escorres pelo meu corpo, Tomas o vento e sopras em minha nuca, Arrepio... Deixa-me louca a sua procura, E tanto desejo tira-me o medo e Meus braços tornam-se extensão de seu corpo, Liberto a razão e o cuidado... Nos amamos no espaço, Onde o tempo não é rei. Pensar já não conta... É só sentir, provar, descobrir... Me enrosco e te prendo, Doce tormento! E quando desperto todos os sentidos, os perco... E quando os perco, te encontro... E somos UM novamente. Sem passado, sem futuro...em eternos segundos... 'Presente'.