Geo

Queria ter a sua força... Não. Queria estar no seu abraço... Como "está" no meu. Não consigo abrir os braços e te deixar voar... Antes, te sentia "Meu..." Tinha um lugar em seus sonhos, Em seu coração, Em suas palavras, No seu olhar... Antes, te encontrava... Sonhava Sol de madrugada... Acreditava no amar,  Num amor maior que o mar e o tempo.  Que triste 'perder' o momento, que nunca cheguei a conhecer, Que triste 'despertar', não te encontrar e ainda te sentir tão parte de mim... A parte que 'prendo' ao meu peito. Mais uma vez... Não sei o que fazer... Só me resta escrever... Pois não consigo compreender, Neste fio que acreditei ser do nosso destino, O laço que se desfaz, E separa os nossos caminhos...

Caminhando à margem do tempo... Observando o superlativo dos dias, Sentires, ondulantes e reflexivos. Sempre, existirá um lugar... Aqui, ali, acolá, dentro... Um, onde se queira estar, Mas, onde nem sempre estaremos... As vezes, somos como uma pequenina flor que, ironicamente, numa "imensidão" não encontra um lugar. Na amplitude do tempo, No caminhar... As vezes nos perdemos, As vezes, nos perdem... Entre razão e sentimento.

Quantas lágrimas derramei por amor? Por amar... Tenho direito a dor, eu tenho... Tenho direito ao amor... Além daquele que posso gerar. Mas, estou cansada de acreditar  E também tenho direito a pensar assim... E o outro tem direito a ser feliz sem mim, Nisso eu acredito...  Sou uma tola?! Talvez. Não a única. Não importa. Sou uma pessoa boa?! Talvez, Numa outra vez... Num outro lugar Com outra pessoa... Isso não é um poema. É um dilema, Querer pensar no bem, ter dignidade... Sentindo dor, raiva... Não conseguir sentir raiva para fazer parar de doer a verdade. Escrever... Onde deixaram-me sem rima... E sem palavras. Sou...

Está se tornando parte de mim... Difícil no cair da noite não te lembrar e desejar... E na singularidade da nossa condição torno-me uma inventora... Começo a planejar em meu coração uma ponte... Vou ligando letras, formando sílabas, palavras que, as vezes, encontram rimas Vou construindo sobre o mar pálido de uma folha em branco Emoções que são barcos a navegar todo um oceano para lhe entregar a minha saudade, E a verdade... Que é tão somente o desejar de estar contigo agora, em qualquer lugar... Mas desde que seja, dentro do seu abraço.

Devo me perdoar a humanidade de querer-te me amando o corpo, me enchendo de beijos,  Matando o desejo a vontade...  Devo me perdoar os pecados, de comer as maçãs para entender o recado, de deuses culpados...  E te ofereço...  Este corpo preso a terra, um coração alado...  Te ofereço os braços e as mãos, como extensão do seu abraço...  E lhe entrego um corpo suado, um sorriso nos lábios... Palavras ecoando seu nome... Em segundos eternizados...

Vem aqui Amor, andamos tão cansados! Vamos tirar essa roupa de ‘atores’ do dia encharcados... Vamos apenas sentar, com duas xícaras de chá e biscoitos amanteigados... Rir de nós mesmos, falar sem passado... Assim como quem nada tem a provar, desnecessários a qualquer justificativa ou fato plausível. Vamos pegar na mão do outro, quem sabe prosseguir pra algo também gostoso, d edilhar em nós essas trilhas que despertam sorrisos e prazeres. Gosto, particularmente, do simples, talvez, por me achar complexa, as vezes, intensa demais... Cansa o peso da ânsia... Gosto de quem me vê sem a forma aceita e amo quem assim me ama. Sabe Amor, não tenho beleza, só carne emprestada, sangue, diamantes de sal e Asas de Ícaro. Gosto de manhãs em tons de púrpura, tardes em tons de laranja, noites de estrelas, silêncio da madrugada e também o barulho da chuva no telhado das casas... De conversar na cama, esfregando meu pé no seu... e quando não posso, no meio da noite, te procuro, como criança que não que

Sim, te busco... Mesmo que já te tenhas dentro de mim e tenho, como tenho... Tento imprimir cada traço do seu rosto, para que ao fechar meus olhos, naturalmente, se coloque diante de mim. Sim, as vezes, o silêncio parece um mar sem fim, Quase insuportável, quase... Somente por ser um total desconhecido do agora. Então, apenas me entrego... Neste mar, de peito aberto... Escrevo, uma frota inteira de barcos de papel, com rota traçada a seu norte. O que sinto... A ti pertence Amor e a mais ninguém. Suas palavras despertaram em mim a necessidade... A de ser realidade. Um sonho que possa ser tocado, alcançado, Pelas suas mãos... Um corpo a ser amado, Pelo homem que tu és. Lábios que tocam os seus, Coração que possa sentir de encontro ao seu peito, Abraço que aperta, que conforta e que desperta, Que saibas o que sinto quando Sua amada, Que saibas de dentro para fora mim e não o inverso. Ver todas as suas expressões ao me sentir O movime

Amor, Obrigada! Você me disse que o amor não se agradece, mas, Não posso conceber a felicidade sem gratidão. E sou tão feliz porque me amas! Sou tão grata porque tudo que vivi me trouxe até aqui... Te trouxe para mim. A felicidade que passamos a vida buscando é utopia... Mas aquela pela qual nos sentimos gratos, mesmo que, Sem motivo aparente, é um vislumbre do paraíso, que há em nós. Um vislumbre da generosidade de Deus, um presente. Amor, Eu tenho medo... Quem não tem? Há um dito popular assim... “quem ri muito num dia chora no outro”... Como se ao sermos felizes estivéssemos condenados, não penso assim, mas, se for o caso, Por mim, tudo bem... Do amanhã nada sei... Mas eu tenho o agora... Então, sem qualquer precaução, apenas porque sinto e quero... Te direi, Não esperarei pelo amanhã, Não esperarei uma outra chance, Não hesitarei. Não mais. Pelo amor que de ti transbordou e veio ao meu encontro, Mesmo sabendo que entre nossas estradas h

O tempo... Ele brinca, eu paro... Ele ri, eu choro... Ele passa, eu fico... Porque ele e eu não podemos ser amigos. Quando eu brinco, ele para... Quando eu passo, ele fica... Quando eu rio, ele diz: Aproveita, estou de partida! O tempo... _Geo SRosa_