Se pudéssemos emprestar nossos olhos... Talvez, somente talvez, veriam nosso mundo como nós o vemos. Talvez, somente talvez, aquela pontada de sentir, que dói ou que nos transborda, seria compreendida. Talvez, somente talvez, saberíamos o segredo do pintor naqueles detalhes que a um olhar leigo não passou de uma pincelada, mas, para ele foram horas de dedicação em diferentes nuances e contrastes... Uma luta feroz entre a luz e as sombras. Onde andam as notas que alcançam o tom do nosso coração?! A diferença entre “uma coisa e outra”?! O Sol que deixa o mar mais brilhante, o céu mais azul, também descobre a poeira do tempo... Se eu pudesse emprestar os meus olhos... Talvez, eu também, pudesse ver, O que sinto, mas, nem sempre consigo dizer... Como por exemplo: O que o mar sente quando avista a praia e o faz desejar se limitar a uma onda somente para beijá-la, eternamente. Talvez, somente talvez... Se fecharmos os olhos e mergulharmos em nossa imensidão, possam...