Dia 131 - Escrava do tempo, Senhora do nada

Porque meu sangue arde,

minha mente é um turbilhão em chamas,

Por que eu sou assim? Incandescente em mim.

Eu não tenho tempo,

Não pertenço ao vento,

Sou rocha exposta,

Vulcão prestes a explodir.

Ira contida,

Sufocada,

Ahhhhhhhhhhhh!!!!!

Grito pro nada?!

Sou muda com boca escancarada.

O tempo...

Meu tudo...por nada...

Sou fragmento,

Janela quebrada,

Corpo exposto ao relento,

Vivendo de páginas viradas.



Comentários

Elvira Carvalho disse…
Lindo Geo. Adorei.
Bom Domingo Amiga.
Um abraço.
António Inglês disse…
Querida amiga Geo

A próxima página é sempre a melhor da vida, sempre!
Cada página já lida, servirá apenas para álbum de recordações para ser revisitado quando a vida assim o justificar.
E não se esqueça minha amiga que até mesmo nessa altura, só as páginas boas devem permanecer nesse álbum, as más é rasgar e deitar fora...
Verá como tenho razão no que lhe estou a dizer.
Tenho para mim que nada acontece por acaso, e tenho o meu exemplo.
Para ser o que sou hoje acho que teria de ter passado por tudo o que passei, sem dúvida, sem tirar nem pôr, e fiquei com uma vantagem, é que hoje sei perfeitamente o que foi bom e o que foi mau.
Vantagens da idade.
Um grande domingo para si e vá fazendo contas por forma a arranjar tempo para vir até a este Portugal bem pequenino, irmão do vosso.
Beijinhos
António
Elvira Carvalho disse…
Passei por aqui, princesa.
Deixo um abraço