Dia 180 - A eterna menina
Diante daquela que sou, danço com aquela que fui, a outra que comigo sonhou, que jamais imaginou que um dia, apesar da 'distância', nos encontraríamos.
A menina que um dia calçou os sapatos da mãe, sonhando ser alta, grande o bastante para ser respeitada...aquela que nunca deixou de ser, que sempre é...cresce a cada dia, bailando entre a 'falsa dança' e a 'melodia', de uma vida as vezes quente, as vezes morna, as vezes fria.
Diante daquela que sou, penso ser outra por miopia, mas ao tocar-lhe o corpo, a mão, os cabelos, o rosto, a percebo em mínimos detalhes, como a mulher que não tem idade. A mulher que sempre fui, quando ainda pequena, calçando os sapatos de minha mãe, pensei que seria.
Sou ainda a 'eterna princesa', sou ainda 'dama indefesa', sou 'a bela adormecida'...diante daquela que sou, sou todas...porém a mesma.
Sou a 'forte' e 'decidida', sou a 'fera ferida', sou a 'dama', sou a 'puta', sou a 'vítima', sou a 'culpa'...não tenho fim...sou eu aqui fora olhando no espelho, procurando um pedaço de mim.
A menina que um dia calçou os sapatos da mãe, sonhando ser alta, grande o bastante para ser respeitada...aquela que nunca deixou de ser, que sempre é...cresce a cada dia, bailando entre a 'falsa dança' e a 'melodia', de uma vida as vezes quente, as vezes morna, as vezes fria.
Diante daquela que sou, penso ser outra por miopia, mas ao tocar-lhe o corpo, a mão, os cabelos, o rosto, a percebo em mínimos detalhes, como a mulher que não tem idade. A mulher que sempre fui, quando ainda pequena, calçando os sapatos de minha mãe, pensei que seria.
Sou ainda a 'eterna princesa', sou ainda 'dama indefesa', sou 'a bela adormecida'...diante daquela que sou, sou todas...porém a mesma.
Sou a 'forte' e 'decidida', sou a 'fera ferida', sou a 'dama', sou a 'puta', sou a 'vítima', sou a 'culpa'...não tenho fim...sou eu aqui fora olhando no espelho, procurando um pedaço de mim.
Comentários
Somos assim em exercício, isto é, em construção...inacabados...sempre.
Somos connosco tantas vezes o que sonhamos...
Somos com outros tantas vezes o que não queremos...
Mas SOMOS...
Deixo-te aqui um poema que já conheces...que escrevi para vincar que nascemos muitas vezes..e que isso implica, quase sempre a dor de um parto interior:
Não nasci em Junho…
Nasci uma tarde de Outubro
Num beijo que não aconteceu…
E o que era deixou de ser
E o que não doía doeu
É verdade que chorei
Com a estalada
Que a vida então me deu…
Nu do que fora
Mais só que mal acompanhado
Dei os primeiros passos
Com todos os embaraços
De que não se rende ao medo
Nasci, então, guloso de tudo
Com este vício de ruminar a vida
Livre…era como me construía….
Mas nem sempre tive
O fruto que esperava
Da semente que depositava
Nas manhãs em que acordava…
Nasci da dor…
Andei perdido
Encontrei-me
Não era eu…
E até hoje
Ainda espero conseguir
Criar o que serei…
Contradição em muitas cores…
Desejos de muitos odores…
Sou um…sou mil…sou todos…
Nasci em Outubro
Parido da dor de um beijo
Que não aconteceu…
Julguei que transformaria o mundo…
Engano Meu…
Rendi-me algumas vezes…
Engoli o que não quis…
E Outubro
Foi muitas vezes
As vezes que nasci…
Pois nascer é também morrer
Como ser é deixar de ser…
Arrependi-me.. .voltei atrás…
Na esperança de emendar…
Mas o que sou…não tem remédio…
É apenas recomeçar
Agora a cada folha é outubro…
A cada letra me invento…
Os erros já não são tormento…
Há um mundo por beijar…
Beijo
Acorda pra vida que ela é uma só e não mil !!!
Ass: Yogurte
Desejo-lhe uma Páscoa Feliz, com muita Luz e muito Amor que irradiem por todos os dias da sua vida.
Um abraço
Para que esta Ilha seja de boa guarida
Mil e muitas ave-marias
Para iluminar tanta alma perdida
Em meu peito bate a fé
Sou um caminhante de muda revolta
Olhos presos a este manto verde
Alma que se ergue e fica solta
Boa Páscoa
Mágico beijo