Dia 419 - Amanhã, não seremos os mesmos...

De quê adianta ser assim?!

Mas, já não sou como antes...
Há em mim um desconhecido, uma incompletude...
Manoel de Barros afirma ser essa 'incompletude' nossa maior riqueza.
Talvez, para não perdermos a capacidade de aprender, de se encantar, de crescer...

O 'espaço' é necessário ao futuro, mas, não o vazio...
As lembranças que ainda não vivemos...
Hoje, eu preciso me lembrar do bom e do belo até aqui...
Para me suportar, para não desanimar, estou cansada e pesada, para acreditar que vale a pena a pessoa que sou...
E que agora se questiona a própria natureza de ser como/quem é...
Não importa pela falta de quê,
Quem nunca se questionou?!
Mas a resposta, se há, nunca compreenderei agora... Porque nossa compreensão é pautada no que passou, no agora, e não no que ainda será.
Porque em meio a dor, ou amor, somos o que somos, nem sempre a nossa melhor versão. Apenas o que podemos ser no momento.
Por isso não adianta fazer essas perguntas. Todas são retóricas.
Porque, muitas vezes, nos questionamos por um ato de desespero, de tristeza, um meio inútil de tentar fugir ou amenizar o que, no fundo, queiramos ou não, vai acontecer de qualquer jeito.
Não importa se é 'assim' ou 'assado', quando trata-se das coisas que não pode (não cabe) a você mudar.
O fato é que,
Amanhã...
Você também já não será mais o mesmo.

_Geo SRosa_

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