Dia 418 - Do fundo, as vezes, parecem espinhos


Do fundo, as vezes, parecem espinhos

É preciso voar, o mais alto que puder e, as vezes, ir além do que se acha capaz para ver as copas
Nuvens verdes e acolhedoras, generosas
Mas, não é preciso ir ao céu para ver a grandeza de onde está
Porque estamos em meio a perfeição da criação
No paraíso ou no inferno que se criar
O que parecem espinhos são a base da nossa compreensão
E também a base de copas majestosas
Da percepção entre o merecimento e o perdão
Temos que nos perdoar
Deixar no fundo a ingratidão
Abrir asas
Rogar aos céus
Segurar com mais ternura o coração
Um dia
Estaremos mais ao fundo
No inevitável repouso em terra fria e fértil
Voltaremos a ser úteis
Retornando ao universo
Temos medo deste dia
Por não compreender
Que o que se faz agora
Não é conquista ou glória
É apenas voar e aprender
Que ao fim que atribuimos tudo
É mais um ensinamento divino
Adubaremos com o que somos
O fundo
A base do que nos faz crescer
No percorrer de um caminho
De volta ao lar
Muito além das copas que protegem e acolhem sem julgar
Pensamentos e atitudes do corpo frágil e 'esquecido' de sua divina procedência e responsabilidade.

_Geo SRosa_




Comentários