O Algoritmo das Possibilidades
A teoria quântica dos mundos paralelos, também conhecida como Interpretação de Muitos Mundos (IMM), propõe que cada evento quântico com múltiplos resultados possíveis gera novas ramificações do universo — um multiverso em constante expansão.
De certa forma, essa também parece ser a nossa realidade. Somos renovados a cada geração. A minha vive entre o analógico e o digital, e às vezes me pergunto a qual mundo pertenço. Talvez a nenhum. Talvez a um mundo de transição. Por isso, a teoria quântica, na minha mente leiga, soa tão natural quanto qualquer lei da natureza: tudo é mutável. A menor criatura evolui. Até as bactérias e os vírus evoluem.
E assim também nós: a cada passo criamos uma ramificação que antes não existia. Abre-se, diante de nós, um infinito de possibilidades que surgem no instante mesmo em que pensamos, agimos, escolhemos. Tudo vibra em consonância com nossos pensamentos — é assim que opera o algoritmo da vida.
Embora esses mundos paralelos existam simultaneamente, não os percebemos diretamente. Isso acontece por um fenômeno chamado decoerência, que os separa e impede que se misturem ou se comuniquem. Somos, então, como astronautas explorando um universo desconhecido — um mundo que nós mesmos criamos e que, às vezes, é preciso se perder para finalmente se encontrar.
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