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Mostrando postagens de janeiro, 2008

Dia 117 - Despedida

O destino é imprevisível...quando acordei, hoje pela manhã, e me lembrei desta música interpretava eu como um convite...mas...não o era... O fato é que esta música, desde o primeiro raio da manhã, estava destinada a ser uma...Despedida. Que assim seja...há momento pra tudo nesta vida...se ainda não entendi isso, não tem como eu negar, não aceitar ou me enganar agora. Como diz outra música "Adeus também foi feito pra se dizer...". Jorge Vercilo - Encontro das Águas Sem que...rer te perdi tentando te encon...trar por te amar demais sofri, a...mor me senti traído e tra...i...dor Fui cru...el sem saber que entre o bem e o mal Deus criou um laço forte, um nó e quem viverá um la...do só? A paixão veio assim afluen...te sem fim rio que não deságua Apren...di com a dor nada mais é o amor que o encontro das á...guas Esse amor hoje vai pra nunca mais voltar como faz o velho pescador quando sabe que é a vez do mar Qual de nós foi buscar o que já viu partir, quis gritar, m

Dia 116 - Do que chega e do que vai embora

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Por que me deixa ir embora tantas vezes? Me pergunto sempre isso. Também me pergunto por que não vou embora? Poderia ter ido...tantas vezes - sempre penso nisso. Mas não fui...sempre fico, como agora...aturdida. Se até as lágrimas vão embora... Até o aperto do peito não demora... Tudo chega e vai embora. Sem tempo... E no tempo perfeito. Eu não queria ir embora. Queria ficar...não só...mas aqui...mas agora... Dentro, não do lado de fora. Por que não me abraça e diz: - Outra hora...não agora. Fica. É tudo que quero, não vá embora. Mas o som que escuto é o da porta batendo e indicando... Mais um adeus e até outra hora. Mas não agora. E as lágrimas chegam e vão embora...quando ouço o bater da porta. Saem de mim...escorrem e não voltam, marcando o rosto, o último retrato... Que fica do lado de dentro...enquanto o coração fica do lado de fora. Por isso as lágrimas saem e me deixam...mas elas sempre chegam e vão embora. Como agora.

Dia 115 - De tudo, todos tem um pouco

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Por vezes, Sou mais velha do que os anos que posso contar. Por vezes, S ou mais nova do que o corpo que me serve de moradia. Por vezes, M e encontro e me perco no mesmo instante e em lugares diferentes. Será essa a condição de quem contém em si muitas com o mesmo nome? Era sábado, rock tocando, lugar legal, meia luz, jovens suados, cantando e dançando, como em transe num dos cômodos do estabelecimento. Eu, sentada, observava tudo com certo conforto, por estar num lugar onde, pelo menos, uma de mim se satisfazia no 'grito' do vocalista da banda. Um prazer tomou conta de mim... Mas observava tudo num misto de admiração e indiferença. Sentia-me além daquele momento e completamente nele ao mesmo tempo. Noutro cômodo homens e mulheres dançavam em êxtase pela bebida e a música. Eram poucos, mas se faziam muitos. Um homem veio me cumprimentar, já apresentava em sua moradia (corpo) as marcas dos anos, mãos secas com dedos finos e dizia em despedida: - Foi um prazer

Dia 114 - Um Fado

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Um fado Chorado Sonhado Por uma bela voz entoado Um fado De tramas, de cores, no peito marcado De danças, sabores, nunca antes experimentado Um fado De amor e de dores Com história Conquistas e glórias Mas também de gestos modestos Um fado Que cante meu canto Que cale meu pranto Que faça gritar Que tire de mim O que teimo em calar Neste peito, a dor De um fado de amor Que ainda não se concretizou Meu fado Canto mudo De um coração alado

Dia 113 - Motivo da Rosa

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Não te aflijas com a pétala que voa: também é ser, deixar de ser assim. Rosas verá, só de cinzas franzida, mortas, intactas pelo teu jardim. Eu deixo aroma até nos meus espinhos ao longe, o vento vai falando de mim. E por perder-me é que vão me lembrando, por desfolhar-me é que não tenho fim. Cecília Meireles

Dia 112 - Percepção

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Sinto-me servida como uma entrada Num jantar para o qual não sou a convidada Sinto o ambiente Sinto a penumbra Me sinto aconchegada Embriago-me como quando num bom vinho bebemos a felicidade Mas bebo água Dos sabores doces tenho a esperança Que perdurem no céu da minha boca Onde posso manter as estrelas sem luz própria, desde que as alimente O cheiro do prato principal me atrai Por um momento vejo-o vindo ao meu encontro Mas como miragem se desfaz Então sinto a abstinência, como se estivesse presa num deserto Sinto o gosto do que não foi provado E fico a ter ilusões de oáses que não existem Mas persistem em mim E assim o jantar prossegue Sorrio com elegância Seguro os talheres corretamente Risos e conversas agradáveis Tudo perfeitamente normal Sinto até que não preciso do prato principal, afinal, Estou aparentemente saciada e satisfeita Bebo e transpiro excitação Entrego-me como se estivesse fazendo uma declaração Mas as velas sobre a

Dia 111 - Nervoso

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As vezes paro e penso sobre por que tenho tanta ansiedade, meu estômago fica apertado, meu coração disparado, meu eu irritado e resumindo nada parece estar no lugar certo. Isso porque meus pensamentos estão no lugar errado, sim, estão. De quê adianta orkutar a vida alheia, querer o que não lhe pertence, puxar o tempo como se fosse uma corda ou esticar como se fosse chiclete? Nada, nada adianta... O pior é que eu sei disso... Viver de utopia é ruim...mas viver da utopia que criamos em nossa mente para nos distrairmos e fazermos de conta que não estamos vendo, o que vemos, é muito pior. Essas palavras são divagações de uma cabeça ansiosa e pensante...que não suporta mais sentir aflição sem fundamento, esperar pelo que nunca foi, não viver o que está acontecendo e fingir que não sente nada...enquanto dói até os pensamentos. Me entender? Acho difícil, se a própria dona dos pensamentos não os consegue prender e ordenar. Mas e daí? Tem dias que é melhor divagar que orkutar.

Dia 110 - Diante do espelho

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Refletia nesta manhã de domingo... Quando você escolhe baseado em uma consequência há "o conforto da vítima". Alguém escolheu por você ou antes de você o que não lhe obriga a lidar com o primeiro passo, a iniciativa. Também lhe tira o direito de iniciar as primeiras linhas da história ou de finalizar o texto, o que não significa que não poderá continuar a escrever, contudo, terá de partir das linhas de outro, pois este teve 'a atitude'. Sendo assim, depois desta iniciativa, ou seja, ação, se não foi você quem a praticou, terá então de lidar com a reação, que nada mais é do que a consequência imediata da ação do outro (fisicamente comprovado). Quem toma para si a escolha do "primeiro passo" (posso também dizer 'do passo') tem de ter, pelo menos, duas certezas: - Que a escolha (iniciativa, atitude) é a melhor opção para si; - ou que está pronto (ou disposto) a lidar com as consequências de sua atitude, principalmente, se estas não forem agradáveis. Sup